🎮 Review Skadoz – Tempest Rising: O Renascimento dos RTS?

Se você cresceu jogando Command & Conquer, StarCraft ou Age of Empires, sabe exatamente o quanto o gênero de estratégia em tempo real (RTS) marcou época — e também o quanto ele ficou meio esquecido nos últimos anos. A Slipgate Ironworks tenta reacender essa chama com Tempest Rising, um RTS que não esconde sua inspiração nos clássicos da Westwood Studios.
⚙️ Gameplay: Sim, é um C&C moderno (e isso é ótimo)
De cara, dá pra perceber: Tempest Rising é praticamente uma carta de amor aos fãs de Command & Conquer.
Dois lados jogáveis, um recurso raro e valioso (aqui chamado de Tempest, no lugar do famoso Tiberium), construção de base, colheita de recursos e aquele ritmo frenético de guerra que tanto amamos.
O jogo flui de forma rápida, sem enrolação. As decisões precisam ser tomadas o tempo todo — desde onde expandir sua base até como balancear sua economia, defesa e ataque. E diferente de muitos RTS modernos, ele não tenta reinventar a roda: ele melhora o que já funcionava.

🏗️ Fácil de aprender, difícil de dominar
Se você é veterano do gênero, vai se sentir em casa em poucos minutos. A interface é limpa, intuitiva e traz aquela pegada clássica que funciona. Para novatos, o jogo apresenta os sistemas de forma bem gradual nas campanhas, o que facilita muito a curva de aprendizado.
A dinâmica de construção segue o velho esquema: geradores de energia, colhedores de Tempest, prédios de produção de tropas, tanques, unidades aéreas e… bora pra guerra.
🧠 Campanha divertida, mas o destaque é o PvP
A campanha single player é divertida, com boas missões e variedade, embora a história e os personagens sejam… digamos… bem esquecíveis e até meio bregas (no melhor estilo anos 90). Mas o que brilha mesmo são as batalhas online e os modos de skirmish — é aqui que o jogo mostra todo seu potencial estratégico e competitivo.
Infelizmente, o jogo ainda não tem a terceira facção prometida, o que deixa aquele gostinho de “quero mais”.

🔥 Facções bem diferentes (apesar da primeira impressão)
- GDF (Global Defense Forces): Foco em unidades táticas, precisão e controle. Snipers, drones e veículos bem especializados.
- Tempest Dynasty: É o lado do caos. Bruto, pesado e cheio de tanques flamejantes, lança-mísseis e unidades de impacto.
Cada uma tem sua própria mecânica de construção, que muda bastante a estratégia. Enquanto o GDF constrói direto no campo, a Tempest Dynasty pré-fabrica os prédios e depois posiciona — o que permite reações mais rápidas em alguns momentos.
🎨 Visual e Som: Acima da média
Graficamente, é um dos RTS mais bonitos da atualidade. Explosões, efeitos de luz, unidades voando pelos ares e cenários bem detalhados tornam cada batalha um espetáculo.
A trilha sonora é boa, com pegada metal, mas acaba se repetindo um pouco.
😬 Pontos negativos
- As animações faciais dos personagens nas cutscenes são… estranhas. Chegam a causar aquele desconforto típico de uncanny valley (sabe aquele boneco que parece humano, mas não é?).
- Falta conteúdo: a terceira facção ainda não foi lançada, e o número de mapas para multiplayer é bem limitado no lançamento.
🎯 Veredito Skadoz:
Tempest Rising entrega exatamente o que promete: um RTS clássico, moderno, divertido e bem polido. É, sem dúvidas, o sucessor espiritual de Command & Conquer que os fãs esperavam há anos. Se você curte o gênero, pode comprar sem medo.
⭐ NOTA FINAL SKADOZ: 8/10 — Excelente
👉 Faltam mais mapas e a terceira facção pra chegar no 9 ou 10, mas já é excelente.